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domingo, 3 de outubro de 2010

Psicanalise


A psicanálise nasce na Áustria como Sigmund Freud (1856 – 1939). Sigmund Freud era médico em Viena e utilizava a psicanálise na sua prática médica, recuperando a importância da afetividade.
O inconsciente é o objeto de estudo da psicanálise investigando “processos misteriosos” do psiquismo, as “regiões obscuras”(fantasias, dos sonhos, esquecimentos ) como problemas científicos. Quebrando, assim, com a tradição da psicologia como ciência da consciência e da razão.
Freud ao tratar a paciente chamada Ana O. que sofria de distúrbios somáticos que produziam paralisia com contratura muscular, inibições e dificuldade de pensamento. Ana O. cuidava do pai doente e tinha conflitos com relação aos sentimentos com relação ao pai e sua doença. Tinha pensamentos e afetos em relação ao desejo de que o pai morresse. Estas idéias e pensamentos foram reprimidos e substituídos por sintomas que só eram esclarecidos sob hipnose, onde a paciente relatava as suas origens. Segundo Freud a rememoração destes sintomas fazia com que eles desaparecessem. Pouco tempo depois Breuer descobre a terapia catártica, pressupunha que o paciente fosse hipnotizável e se baseava na ampliação da consciência que ocorre na hipnose. Tinha por alvo a eliminação dos sintomas patológicos emergindo no doente hipnotizado lembranças, pensamentos e impulsos excluídos de sua consciência.
Freud ao falar de aparelho psíquico propõe primeiramente a divisão em inconsciente, pré-consciente e consciente, sendo o inconsciente dividido em Id, Ego e Superego.

O Id, instinto primitivo é a forma de ação e reação onde a pessoa se expressa sem ao menos pensar, bastante destacado em crianças é a forma irracional da mente que faz as pessoas agirem de forma impulsiva e irracional
O Ego, é a parte consciente do aparelho psíquico que faz com que um indivíduo consiga regular as ações e reações. Agindo sempre entre o Id e Superego , denominado equilibrador das forças irracionais e racionais

O Superego atua influenciado por regras, crenças, leis morais, ética e limitam as ações e reações. Ele é denominado repressor do Id,pois faz com que pensemos nas conseqüências, busca através do Ego reprimir o Id para que nenhuma ação e reação sejam realizadas irracionalmente.
Freud na prática da clinica investigou e descobriu que a maioria dos pensamentos e desejos reprimidos referiam-se a conflitos de ordem sexual localizados na vida infantil. Isso colocou a sexualidade no centro dos estudos da vida psíquica. Os principais aspectos dessas descobertas foram que a função sexual existe desde o principio da vida.

Freud postulou as fases do desenvolvimento sexual em:

Fase oral – zona de erotização é a boca,

Fase anal – zona de erotização é o ânus,

Fase fálica – zona de erotização é o órgão sexual,

Latência – caracteriza por uma diminuição das atividades sexuais, um intervalo na evolução da sexualidade,

Fase genital – quando o objeto de erotização ou de desejo não está mais no próprio corpo, mas em um objeto externo ao individuo, o outro.

No decorrer dessas fases vários processos e ocorrências acontecem, essas ocorrências deixam marcas profundas na estruturação da pessoa eventos como o complexo de Édipo onde a mãe é objeto de desejo do menino e o pai é o rival que impede seu acesso ao objeto desejado.

Freud construiu vários conceitos; para ele inicialmente todas as cenas relatadas pelos pacientes tinham de fato ocorrido, posteriormente descobriu que essas informações poderiam ter sido imaginadas.
Freud concebeu para o funcionamento psíquico três pontos de vista: o econômico, o tópico, e o dinâmico onde no interior do psiquismo existem forças que entram em conflito onde a origem dessas forças é a pulsão. A pulsão é um estado de tensão que busca através de um objeto a supressão desse estado.
Segundo Freud as lembranças recalcadas na sua tenra idade causam um mal estar provocando um sentimento de culpa, ou apenas uma espécie de ansiedade, que impede de praticar certas ações. Também a obsessão constitui um obstáculo aos seus impulsos, o neurótico se agarra a ela, sente que a obsessão o protege contra as tendências inconscientes.
Os principais Mecanismos de Defesa psicológicos descritos são: repressão, negação, racionalização, formação reativa, isolamento, projeção, regressão e sublimação (Anna Freud, 1936; Fenichel, 1945). Todos estes mecanismos podem ser encontrados em indivíduos saudáveis, e sua presença excessiva é, via de regra, indicação de possíveis sintomas neuróticos.
Repressão
A essência da Repressão consiste em afastar uma determinada coisa provocadora de ansiedade, mantendo-a à distância (no inconsciente) qualquer "manipulação" possível desse material. Entretanto, o material reprimido continua fazendo parte da psique, apesar de inconsciente, e que continua causando problemas.
Negação
Negação é a tentativa de não aceitar na consciência algum fato que perturba o Ego. Os adultos têm a tendência de fantasiar que certos acontecimentos não são, de fato, do jeito que são, ou que na verdade nunca aconteceram, mais tarde, pode lembrar-se do incidente de maneira diferente e, de súbito, dar-se conta de que a primeira versão era uma construção defensiva.
RacionalizaçãoRacionalização é o processo de achar motivos lógicos e racionais aceitáveis para justificar comportamentos e pensamentos que na realidade não são recomendáveis ou aceitaveis.

Formação Reativa
Esse mecanismo substitui comportamentos e sentimentos que são diametralmente opostos ao desejo real. Trata-se de uma inversão clara e inconsciente do verdadeiro desejo.

Projeção
O ato de atribuir a uma outra pessoa, animal ou objeto as qualidades, sentimentos ou intenções que se originam em si próprio, onde os aspectos da personalidade de um indivíduo são deslocados de dentro deste para o meio externo.
RegressãoRegressão é um retorno a um nível de desenvolvimento anterior ou a um modo de expressão mais simples ou mais infantil. É um modo de aliviar a ansiedade escapando do pensamento realístico para um espaço psicológico seguro.

Sublimação
Os impulsos e instintos constrangedores é são canalizados para atividades socialmente meritosas. A frustração de um relacionamento afetivo e sexual mal resolvido, por exemplo, é sublimado na paixão pela leitura ou pela arte.

Deslocamento
A finalidade inicial de uma pulsão é substituída por outra diferente e socialmente aceitavel. Por exemplo, a pessoa tem um forte impulso em socar o outro, durante uma discussão, entretanto atira ao chão um copo.

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