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terça-feira, 29 de novembro de 2011

RESUMO de BELLO, José Luiz de Paiva. A teoria básica de Jean Piaget.

A TEORIA BASICA DE JEAN PIAGET
Acadêmicos:
Ana Nery, Claudio, David, Elidiane, Ivan, Janaina, Leâniva Tatayra,
Robson, Stefanie, Wilson.
As teorias de Jean Piaget tentam nos explicar como se desenvolve a
inteligência nos seres humanos, daí o nome Epistemologia Genética.
Desde que se interessou por desvendar o desenvolvimento da
inteligência humana, Piaget trabalhou compulsivamente em seu objetivo,
deixando escrito aproximadamente setenta livros e mais de quatrocentos
artigos.
A inteligência para Piaget é o mecanismo de adaptação do organismo a
uma situação nova e, como tal, implica a construção contínuas de novas
estruturas. Para ele o comportamento é construído numa interação entre o
meio e o individuo. As teorias Piagetianas abrem campo de estudo não
somente para a psicologia do desenvolvimento, mas também para a sociologia
e para a antropologia, alem de permitir que os pedagogos tracem uma
metodologia baseada em suas descobertas.
“Não existe estrutura sem gênese, nem gênese sem estrutura” (Piaget).
Sua teoria nos mostra que o individuo só recebe um determinado
conhecimento se estiver preparado para recebê-lo. Não existe um novo
conhecimento sem que organismo tenha já um conhecimento anterior para
poder assimilá-lo e transformá-lo. O que implica os dois pólos da atividade
inteligente: assimilação e acomodação.
O desenvolvimento do individuo inicia-se no período intra-uterino e vai
até aos 15 ou 16 anos. A construção da inteligência dá-se portanto em etapas
sucessivas, com complexidades crescentes, encadeadas uma às outras. E isto
Piaget chamou de “construtivismo seqüencial”.
Os períodos em que se dá este desenvolvimento motor, verbal e
mental são:
A partir de reflexos neurológicos básicos, o bebê começa a construir
esquemas de ação para assimilar mentalmente o meio. A inteligência é prática.
As noções de espaço e tempo são construídas pela ação. O contato com o
meio é direto e imediato, sem representação ou pensamento.
Exemplos:
O bebê pega o que está em sua mão; "mama" o que é posto em sua boca; "vê"
o que está diante de si. Aprimorando esses esquemas, é capaz de ver um
objeto, pegá-lo e levá-lo a boca.
Também chamado de estágio da Inteligência Simbólica. Caracterizase,
principalmente, pela interiorização de esquemas de ação construídos no
estágio anterior (sensório-motor).
A criança deste estágio:
· É egocêntrica, centrada em si mesma, e não consegue se colocar,
abstratamente, no lugar do outro.
· Não aceita a idéia do acaso e tudo deve ter uma explicação (é fase dos
"por quês").
· Já pode agir por simulação, "como se".
· percepção global sem discriminar detalhes.
· Deixa se levar pela aparência sem relacionar fatos.
Exemplos:
Mostram-se para a criança, duas bolinhas de massa iguais e dá-se a uma
delas a forma de salsicha. A criança nega que a quantidade de massa continue
igual, pois as formas são diferentes. Não relaciona as situações.
A criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem,
casualidade, já sendo capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados
da realidade. Não se limita a uma representação imediata, mas ainda depende
do mundo concreto para chegar à abstração. Desenvolve a capacidade de
representar uma ação no sentido inverso de uma anterior, anulando a
transformação observada (reversibilidade).
Exemplos:
despeja-se a água de dois copos em outros, de formatos diferentes, para que a
criança diga se as quantidades continuam iguais. A resposta é afirmativa uma
vez que a criança já diferencia aspectos e é capaz de "refazer" a ação.
A representação agora permite a abstração total. A criança não se limita
mais a representação imediata nem somente às relações previamente
existentes, mas é capaz de pensar em todas as relações possíveis logicamente
buscando soluções a partir de hipóteses e não apenas pela observação da
realidade.
Em outras palavras, as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível
mais elevado de desenvolvimento e tornam-se aptas a aplicar o raciocínio
lógico a todas as classes de problemas.
Exemplos:
Se lhe pedem para analisar um provérbio como "de grão em grão, a galinha
enche o papo", a criança trabalha com a lógica da idéia (metáfora) e não com a
imagem de uma galinha comendo grãos.
A importância de se definir os períodos de desenvolvimento da
inteligência reside no fato de que, em cada um, o individuo adquiri novos
conhecimento ou estratégias de sobrevivência, de compreensão e
interpretação da realidade. Piaget nos mostra que cada fase de
desenvolvimento apresenta características e possibilidades de crescimento da
maturação ou de aquisições.
Ainda se desconhece as teorias de Jean Piaget no Brasil. Nem mesmo
as faculdades de educação, de uma forma geral, preocupam-se em aprofundar estudo nestas teorias.

REFERENCIA
BELLO, José Luiz de Paiva. A teoria básica de Jean Piaget. Vitoria,
1995.

Um comentário:

  1. Brigada professora, por posta esse conteudo maravilho,sei que vai servir muito para a prova...

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